Artigo: Precisamos falar sobre água

Mario Pino*
Em 2016, o relatório Living Planet, elaborado pela World Life Foundation (WWF), indicava que já em 2012 o estilo de vida do ser humano consumia o equivalente aos recursos de 1 planeta Terra e meio. Um dos recursos que mais sofre com a atividade humana é a água. Irrigação para agricultura, geração de energia, consumo industrial e demanda doméstica são áreas de alta demanda - e que não param de pedir mais. Dados mais recentes da ONU mostram que, até 2025 (daqui a sete anos, portanto), se os padrões de consumo continuarem os mesmos, dois terços da população mundial poderão enfrentar falta de água em suas casas.
Utilizando o equivalente a 22% de toda a água no mundo, o setor industrial sabe que sua atuação contribui para este cenário sombrio. Por isso, cada vez mais empresas vêm investindo em novas formas de tratar e reusar seus efluentes, em uma tentativa de reduzir os impactos de suas atividades. Na Braskem, um dos cases de maior sucesso é o Projeto Aquapolo, no ABC Paulista - uma parceria entre a BRK Ambiental e a Sabesp que permite a aquisição e o tratamento da água de esgoto doméstico nas atividades industriais. A iniciativa nos permitiu ampliar o índice de água de reuso na região, que hoje beira os 100%; e ainda nos permitiu funcionar normalmente mesmo durante a severa estiagem no Sudeste brasileiro em 2015.
A indústria também pode usar os recursos e o suporte à inovação disponíveis em sua estrutura para criar soluções que permitam aos mercados de maior consumo (agrícola, saneamento e industrial) melhorarem a eficiência de seus processos e, assim, economizarem recursos. É o caso da tecnologia Mulching, um filme plástico de polietileno para cobrir o solo que pode ajudar o setor agrícola a reduzir seu consumo de água doce (hoje, estimado em 70% das reservas do planeta). Outro bom exemplo é uma nova resina de polietileno, desenvolvida no laboratório do Centro de Tecnologia e Inovação da Braskem, destinada a tubos e adutoras. Com durabilidade de 100 anos (contra 50 da resina convencional), é uma importante contribuição para solucionar as perdas no sistema de distribuição de água brasileiro - estimado em 38% atualmente.
Por fim, é preciso que o setor privado leve a conscientização para fora de seus muros e trabalhe o engajamento em toda a sua cadeia (fornecedores e clientes), além de buscar apoios em diversas camadas da sociedade para debater políticas públicas que incentivem o reuso de esgoto e efluentes tratados, o reaproveitamento da água de chuva e outras medidas que possam garantir a confiabilidade hídrica para a sociedade. Um bom modelo a ser seguido é o do projeto Movimento Menos Perda Mais Água, lançado pela Rede Brasil do Pacto Global (entidade ligada à ONU) que, desde 2015, trabalha para reduzir as perdas na rede de distribuição nacional.
Retomo aqui aquele número da ONU que mencionei no começo do texto: em sete anos, dois terços da população mundial vão sofrer com falta de água em suas vidas. A questão, assim, não é mais "se", mas quando vamos lidar com esse problema. Usar os recursos hídricos disponíveis de forma racional e planejada, seja para fins domésticos, industriais ou agrícola, é possível. Passa, contudo, pela cooperação de todos - governo, sociedade e setor privado - em um esforço conjunto para criar novas soluções na velocidade em que precisamos dela.
*Mario Pino é gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.
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