06/03/2018

PICPlast News - Edição 15

COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO

O que esperar de 2018?

O que o mercado de transformação de plástico deve esperar para o ano de 2018? Quais serão as principais tendências e os principais desafios destes próximos meses?

Com esta reflexão em mente, o PICPlast News entrevistou os membros da diretoria do PICPlast José Ricardo Roriz, da ABIPLAST, e Edison Terra, da Braskem, além dos empreendedores da indústria de transformação Rogério Mani, da EPEMA, e Andrea Velletri Martins, da Promaflex, para saber quais serão os segmentos que devem se destacar neste ano, como é o papel da inovação neste sentido e qual é o caminho que o transformador de plástico precisa seguir para ter um ano próspero.

Após um longo período de crise e retração da indústria brasileira, o cenário econômico do país começa a dar sinais de retomada. Diante das expectativas divulgadas para este ano, o presidente da ABIPLAST espera que a recuperação do mercado de transformação se consolide em 2018 e impacte a indústria do plástico positivamente. Roriz prevê a geração de 6.200 empregos e crescimento de 3% do setor este ano.

Para Edison Terra, a tecnologia vai ao encontro da busca por soluções que racionalizem o uso da matéria-prima. Quando o assunto é produto, Roriz e Terra acreditam no crescimento do uso do plástico na impressão 3D. "Poderemos ver a fabricação de embalagens mais inteligentes e sustentáveis, capazes de informar ainda mais os consumidores e aumentar a vida útil do produto embalado", complementa Roriz.

Desafios para a cadeia do plástico

Entre os segmentos que devem se destacar estão os da construção civil, de embalagens, do agronegócio e do automobilístico. "O aquecimento do mercado impacta naturalmente o segmento de embalagens, muito atrelado aos bens de consumo", conta Edison. Rogério Mani, da EPEMA, também aposta no agronegócio como setor fundamental nesse processo de crescimento da cadeia.

Neste contexto, quais serão os desafios para o mercado da transformação? Para Andrea Velletri Martins, da Promaflex, a solução é se reinventar sempre.

Edison Terra acredita que os transformadores deverão ficar cada vez mais atentos à competitividade não só de seus concorrentes diretos, mas também de transformadores de outras matérias-primas. No lado ambiental, Roriz acredita que o desafio é inserir de forma crescente o plástico reciclado na cadeia produtiva para desenvolver mais oportunidades de negócio, com um ciclo produtivo mais circular e eficiente.

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Pesquisa aponta o que deseja o transformador de plástico no Brasil

O estudo de mercado encomendado pelo PICPlast mostra que quase 60% dos transformadores de plástico no Brasil têm como prioridade abrir novos mercados. Os números mostram ainda que 59,4% dos entrevistados buscam por iniciativas que os ajudem a vender mais e 49,3% acreditam que a inovação em produtos é o caminho para o crescimento.



A pesquisa foi feita no fim de 2017 com 278 entrevistados. De acordo com os números, o perfil do transformador de plástico no Brasil é masculino (78,1%), com mais de 35 anos (82,3%) e com escolaridade superior à graduação (86,7%). As empresas que esses transformadores conduzem são em sua maioria familiares (70,1%), possuem de 50 a 500 funcionários (61,5%) e quase a metade delas está localizada no estado de São Paulo (46,8%).

Interesse em renovar a tecnologia

Para 38,5% dos empresários, o maior desejo é investir em renovação tecnológica, principalmente na área de processos e equipamentos. Iniciativas voltadas à eficiência operacional atraem muito interesse dos empreendedores da indústria do plástico, já que 67,7% deles querem reduzir perdas e 61,2% estão muito preocupados em aumentar o controle de qualidade. O mercado e a concorrência são considerados os principais desafios ao crescimento para cerca de 30% dos entrevistados.

A extrusão de filmes é o ramo mais citado entre os empresários participantes da pesquisa, com 55,8%. A injeção (31,7%), o sopro (20,5%) e a reciclagem (9%) são os outros ramos mais citados. As empresas ouvidas produzem os mais diferentes tipos de produtos, principalmente embalagens ou tampas para alimentos e bebidas (37,4%), bobinas (29,5%), produtos para agronegócios (22,3%), construção civil (18,7%) e embalagens para cosméticos (15,1%).

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Personalização: nova versão do Programa 5S tem foco na cadeia do plástico

O Programa 5S desembarcou no Sul do país, contando com a participação de dez empresas transformadoras da região, sendo nove delas com sede no Rio Grande do Sul e uma em Blumenau, Santa Catarina. A apresentação da metodologia dos cinco sensos que contribuem para melhorar a eficiência produtiva ganhou nova roupagem, visando ainda mais as características específicas da cadeia do plástico, segundo o consultor da PDCA, Haroldo Ribeiro.

O objetivo maior dessa nova etapa é disponibilizar as ferramentas de modo mais eficaz, a partir da adequação específica de cada transformador e usando como base as características próprias do setor: "Procuramos dar um enfoque maior na personalização da abordagem para que as empresas possam interpretar melhor os conceitos e, assim, criar seu próprio formato", afirma Haroldo.

Oportunidade para renovação

As diretrizes do programa 5S fazem parte da metodologia mais utilizada até hoje, principalmente em indústrias. Segundo Haroldo, "ela é a mais reconhecida mundialmente para agir tanto em questões físicas quanto comportamentais.

Para o gerente de qualidade da Sulforte, Diógenes Luis Zacher, essa é uma ótima oportunidade de atualizar a aplicação dos conceitos dentro da empresa. O executivo conta com uma comissão formada por outras seis pessoas para modernizar a prática de todos os conhecimentos que serão adquiridos durante o programa. "Apesar de termos o 5S aplicado já há dez anos por aqui, sentimos a necessidade de atualizar esses conceitos. Nesse período, a empresa cresceu e se modernizou, mas os princípios dos 5S ficaram para trás. Temos agora uma ótima oportunidade de fortalecer essa cultura e envolver toda a empresa".

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HISTÓRIAS TRANSFORMADORAS

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VANTAGENS DO PLÁSTICO

Reciclagem é coisa séria

No Brasil, o lixo reciclado não chega a 2% dos resíduos gerados e descartados. Toneladas de lixo são produzidos todos os dias, e a porcentagem ainda mínima de todo esse lixo destinada à reciclagem ocorre em razão da falta de informação. cultura e infraestrutura. Essa é uma realidade brasileira, mas tem muita gente trabalhando duro para que essa cultura do desperdício mude.

É o caso da Jout Jout, uma das youtubers mais influentes do Brasil, que mostra com muito bom humor o trabalho de uma cooperativa parceira do movimento Separe. Não Pare. O vídeo traz informações sobre a importância da reciclagem para todos os elos da cadeia. Esse movimento conta com a participação de diversas empresas, órgãos governamentais, intitucionais e iniciativas como o Banco de Resíduos Plásticos da ABIPLAST.

Assista ao vídeo e faça como o PICPlast: apoie essa causa!

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Pallets de polietileno são mais duráveis e causam menor impacto ambiental

Os pallets são feitos para transportar e remover cargas, facilitando os processos de armazenagem, e são utilizados em operações logísticas dos mais variados segmentos. Criadas na Segunda Guerra Mundial, essas médias e grandes estruturas ganharam popularidade rapidamente, principalmente pela praticidade no seu manuseio.

O estudo realizado pelo PICPlast compara as duas estruturas mais populares fabricadas hoje: de madeira e de polietileno (PE). A alternativa mais comum encontrada no mercado é fabricada em madeira especialmente tratada para esse fim. No entanto, o mercado de pallets de plástico começa a ter relevância para fins específicos que exigem sanitização e alta resistência, como é o caso dos mercados farmacêutico e alimentício.

A análise comparativa, que avalia o ciclo de vida das estruturas, aponta que o pallet de polietileno tem potencial de redução de impacto ambiental total de até 70% em comparação à estrutura de madeira. Isso ocorre principalmente em razão da maior quantidade de reúsos do pallet de polietileno.

Os pallets de plástico apresentam melhor desempenho na maioria das categorias de impacto, com destaque para a redução do uso de terra e menor emissão de inorgânicos inaláveis, causadores de doenças respiratórias.

Em relação à categoria aquecimento global, os resultados de ambas as estruturas se mostraram equivalentes. A desvantagem da opção de polietileno em termos de consumo de recursos ocorre especialmente por conta da etapa de transporte e produção dos pallets.

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