"PlastCoLab é um sopro de inspiração para uma nova geração
maker". Essa fala de Raphael Luz Rodrigues, um jovem de 16 anos, simboliza o envolvimento dos quase 200 participantes que se inscreveram nas oficinas oferecidas pelo PlastCoLab, realizadas em Porto Alegre entre os dias 22 de junho e 1º de julho. Além de contar com a intensa dedicação dos moradores da capital gaúcha, a programação também atraiu
makers de outras cidades, muito deles inscritos em mais de uma oficina.
Esse é o caso de Raphael e sua mãe Stella. Moradores de Capivari do Sul, a cerca de 80 km de Porto Alegre, eles participaram de quase todas as oficinas oferecidas. "A minha maior motivação foi meu filho, e poder fazer a oficina com ele foi uma oportunidade única", conta Stella, que ficou impressionada com as diversas aplicações do plástico. Adriano Fidel, outro participante que também esteve presente em mais de uma oficina, disse que achou a iniciativa muito interessante. "Eu trabalho como
maker, acho muito bacana fortalecer esse movimento aqui no Brasil, assim como já acontece em outros países".
A oficina de Robótica para Crianças fez tanto sucesso que ganhou uma turma extra. Os pequenos
makers desenvolveram, com a ajuda do plástico, canetas hidrográficas e um dispositivo robótico, um divertido personagem que coloria as superfícies por onde passava. As atividades Genius e Minigames introduziram os participantes no mundo dos jogos eletrônicos. Depois de muita concentração para aprender, por exemplo, a soldar, o resultado final deixava todos com muito orgulho de suas criações.
O estímulo para criar também esteve muito forte na oficina de Acessórios em Acrílico, que convidou os makers a dar um novo significado para materiais descartados, utilizando-os para desenvolver as mais diferentes peças, desde brincos e colares até uma caixa, que pode ser usada como porta-joias ou objeto de decoração. As inúmeras possibilidades da impressão 3D foi o mote de dois encontros realizados no PlastCoLab. Os inscritos escutaram atentos a explicação sobre cada processo de impressão. A produção de uma horta automatizada foi a proposta da oficina realizada enquanto o Brasil entrava em campo contra a Costa Rica, e nem mesmo a paixão pelo futebol desanimou os participantes. A atividade mostrou como sensores são capazes de identificar o grau de umidade do solo e indicar qual é o melhor momento para irrigar e qual é a quantidade ideal de água, tudo isso ativado por um celular.
Somadas, as atividades proporcionaram cerca de 40 horas de conteúdo criativo, sempre com o estímulo para colocar a mão na massa ou, melhor, no plástico. Outra novidade da edição do PlastCoLab em Porto Alegre é que todos os objetos criados puderam ser levados para casa, uma lembrança de uma tarde de "faça você mesmo". A escolha dos temas passou pela curadoria de Samuel Biron, arquiteto e urbanista gaúcho, entusiasta do movimento maker.
