Webinar promovido pelo PICPlast debateu os aspectos sociais e comportamentais do futuro do trabalho

01/11/2021

Segundo a Organização das Nações Unidas, estamos no século do envelhecimento populacional, e isso afeta diretamente as relações de trabalho. Ética, transparência e compromisso com causas sociais são aspectos cada vez mais exigidos pela sociedade e pelos consumidores, fazendo com que as empresas tenham que repensar seus valores para não perderem sua relevância e ficarem para trás em um mercado competitivo. 

A importância do encontro de gerações no ambiente de trabalho e questões sobre diversidade, equidade e inclusão profissional como possíveis desafios para manter relacionamentos profissionais cada vez mais saudáveis e produtivos estão entre os tópicos abordados no webinar promovido pelo PICPlast - Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico. Apresentado pela Dra. Carla Teresa Martins Romar, sócia-proprietária do escritório Romar, Massoni e Lobo advogados, o evento foi online e aberto ao público.

COMPROMISSO COM O FUTURO

O futuro do trabalho está atrelado ao compromisso de repensar como aplicar seus lucros de modo mais direcionado à promoção da equidade em todos os sentidos e isso se reflete diretamente nas relações de trabalho e na sobrevivência das empresas, segundo a palestrante.

Relações trabalhistas são essenciais para o reconhecimento das empresas em um mercado mais humanizado, onde os consumidores estão mais exigentes e atentos a valores voltados às práticas ambientais e ações sociais mais justas. Para a advogada Carla, os conceitos aplicados ao ESG exigem das empresas uma verdadeira 'revisão da confiabilidade'.

ENCONTRO GERACIONAL

Projeções feitas pela ONU mostram um mundo com 25% da população com mais de 60 anos em 2050, e a realidade no Brasil é ainda mais alarmante. Segundo a PWC e a Fundação Getúlio Vargas, 57% da população brasileira estará na faixa acima dos 45 anos em 2040. Ou seja, em menos de 2 décadas, teremos mais da metade dos brasileiros fora da faixa de idade considerada produtiva para o mercado de trabalho. 

Como as empresas devem lidar com essas questões? Quais são os benefícios das empresas que embarcarem nessas ideias e quais desafios estão pela frente? A advogada acredita que o envelhecimento profissional não é tratado globalmente como se deveria, mas o conceito de dividendo da longevidade pode ser um divisor de águas nesse processo.

"Hoje, os profissionais com mais idade possuem maior chance de dispensa e menor chance de recolocação e isso se agravou durante a pandemia da COVID-19, por conta principalmente dos grupos de risco e das dificuldades de suporte para a implantação dos sistemas de home office. O desenvolvimento de profissionais sêniores tornou-se extremamente importante e as empresas que investirem nisso sairão na frente em relação aos seus concorrentes. A proposta de inclusão desses profissionais aumenta a produtividade econômica das empresas, por conta da maior experiência e bagagem de conhecimento, características que ajudam a visualizar riscos, oportunidades e soluções com maior facilidade", explica.

DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO

Independente do tamanho das empresas, todas elas precisam aplicar a inclusão em todos os sentidos para que conquistem múltiplos benefícios. "Passamos muito tempo no ambiente de trabalho, por isso ele precisa ser inclusivo. É preciso ter líderes e colaboradores engajados para estruturar processos, definir objetivos e estabelecer metas. Tudo isso para não permitir que ações inclusivas não passem de projetos no papel", afirma Carla.

Diversidade engloba variedade, pluralidade e atenção para as diferenças relacionadas ao gênero, raça, etnia, questões voltadas ao PcD e ao LGBTQIA+. Esses aspectos são pautas globais em todos os setores da sociedade e são de extrema relevância para as empresas. Pensar em diversidade nada mais é do que gerar transformação na cultura organizacional e isso simboliza a responsabilidade social, além de ajudar na atração e retenção de talentos e reforçar a reputação da empresa para o mercado.

O estímulo de discussões sobre essas questões e o envolvimento de todos os profissionais também são essenciais para a mudança de comportamento, segundo Carla. Incentivar, criar e aplicar ações de inclusão trazem maior engajamento e motivação, além de reduzir conflitos internos e aumentar o respeito e a tolerância entre os colaboradores: "Estamos em um momento de transformação, saindo da neutralidade para o posicionamento. Quanto mais as empresas se posicionarem, maior será a atração e retenção de profissionais mais qualificados e mais compromissados com as causas sociais", afirma.  

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