16/08/2021

Mulheres estão cada vez mais presentes na indústria do plástico, incluindo em cargos de liderança

De acordo com  o  relatório  Diversity   Matters Latin   America , da  McKinsey&Company , uma empresa mais diversa tem performance financeira 20% melhor  do  que  companhias  que não  prioriz a m  políticas de diversidade. Isso acontece porque, segundo o estudo, uma empresa  mais igualitária  é uma empresa com funcionários mais satisfeitos  e  que performam melhor.  Quando se trata de cargos de liderança  mai s  diversos apenas  37,4% das cadeiras gerenciais são ocupadas por mulheres no país,  segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . Para o relatório Mulheres Na Liderança 2020, da  Women  in  Leadership  in  latin   America  (WILL) , apenas 25% das mulheres entrevistadas responderam que acreditam que a empresa em que trabalham atingiu a igualdade de gênero. Esse peso também é sentido dentro da cadeia de transformação de plástico.  

Fernanda Maluf uma das coordenadoras  do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico  ( PICPlast ) , concorda  com o que o relatório da  McKinsey&Company  aponta, quando aplicado à indústria de transformação  do plástico . "É possível ver, na prática, como empresas  do setor  que são mais diversas , principalmente com maior presença feminina,  t ê melhores resultados . ", afirma.   

 

A atual vice-presidente da área de vinílicos e especialidades da Braskem, Isabel Figueiredo, faz parte da empresa há mais de 19 anos, e percebe que, hoje, há uma mudança muito relevante na indústria. Ela já ocupou cargos de liderança em diferentes empresas da indústria da transformação  e foi  a primeira mulher diretora da Braskem.  "O mais bacana disso é que me permitiu abrir  as  portas  para outras mulheres", comenta.   

 

Quando começou sua carreira,  a executiva  conta que  as  lideranças masculinas ficavam surpresas ao vê-la em uma posição de gerência, especialmente em viagens internacionais. "Quando fui ao Japão, olhavam para meu cartão de visitas e ficavam surpresos, diziam que lá não existia gerente mulher. E eu respondia "pois é, mas no Brasil tem e o senhor vai precisar falar comigo para poder fechar negócio".  

 

Apesar desses episódios ,  que Isabel considera engraçados, ela acredita que ser mulher nunca foi um impeditivo para sua vida profissional. Mas admite que, às vezes, foi necessário se impor e não abaixar a cabeça. "Eu trato todo mundo com muito respeito, mas quando é necessário, eu sei me impor com muita firmeza, e acho que isso também ajudou na minha ascensão profissional", declara.  

 

Simone Orosco,  sócia-proprietária da C3P2, empresa que atua com representação de vendas e educação  a respeito do plástico,  acredita que há ainda um longo caminho a ser seguido.  Com  mais de  30  anos na indústria  plástica ,   ela   percebe  um a lacuna  entre as experiências profissionais femininas e masculinas. " mulher  precisa  se  esforç ar  muito  mais para provar o seu valor e mostrar que o que está falando é com base em conhecimento e experiência" , conta  

 

Ao longo de sua carreira, Simone  precisou lidar com alguns  desafios  dessa natureza , principalmente quando foi gerente de produção.   "F oi difícil porque  era  necessário tomar decisões rápidas,  já que a  produção não para,  e  eu  era a única  mulher  entre os  homens  que já trabalhavam ali  há  20 ,  30 anos.  T omar uma decisão contr ária ao que eles acreditavam ser  o correto  era o mais complicado".  Ela acredita, no entanto, que sua missão  foi cumprid a  com sucesso. "N o fim ,  eu consegui  fazer o  tinha que  ser  f eito ,  conquistei amigos  e  sou respeitada até hoje por essas pessoas. Foi uma questão de provar o meu valor ", relembra.  Hoje ela lidera  sua própria  empresa  em sociedade com  uma amiga, que  também  tem experiência  no setor .  

 

Vivência  parecida teve a Ana Rita  Molessani sócia na empresa de representação comercial de matérias-primas plásticas ,   S&M Representações Para ela , sobretudo na área da indústria, a mulher  tem que se preparar muito bem tecnicamente  e  emocionalmente  porque  cada dia é um desafio.  "É preciso  se impor  e fazer aparecer a oportunidade Se f icar sentada esperando ,  não vai acontecer ",  diz ela , que está há  quase  40 anos na área do plástico.   " Quando  nós (mulheres) entr á vamos para uma  empresa,  éramos  a minoria da minoria. Na área do laboratório,  por exemplo,  que foi onde eu  comecei , era só eu de mulher  entre quatro homens. Entrei  jovem ainda,  com  nenhuma  e xperi ê ncia .  Naquela época ,  eu sofria  bullying  por se r  mulher,   ba i xinha ... e ntão , temos que  ter determinação e saber o que a gente realmente quer  conquistar ",  ressalta  Ana Rita, que já foi professora do S EBRAE  e  lecionou  para  muitas  mulheres que hoje seguem na área.  

 

Camila Chaves, gerente comercial da  Novel , empresa de soluções em embalagens plásticas, corrobora a fala de Ana Rita. Para ela,  a impressão é de que as mulheres precisam sempre provar que  são  capaz es , algo que  já surge naturalmente para os homens.   " Somos reconhecidas d epois que conquista mos   a confiança  e as pessoas veem que  somos  capaz es  e consegu imos  entregar o resultado tanto quanto o homem, porque somos tão capazes quanto.  Temos  que provar o tempo inteiro."  

A gerente comercial  também pontua ser essencial para as empresas terem uma política de diversidade. "Isso é muito bom porque reforça a imagem e mostra que é uma organização preocupada com o colaborador. No caso das mulheres que trabalham em empresas com esse tipo de política, eu tenho certeza de que elas se dedicam ainda mais e é criado um ambiente de trabalho m ais  positivo. Isso tudo é um ciclo: colaboradores satisfeitos que valorizam a empresa consequentemente buscam apresentar os melhores resultados. A empresa só tem a ganhar e não só  com as  mulheres, mas  com a  inclusão em geral".  

 

Determinação não falta às mulheres da indústria do plástico, que batalham para que sua presença seja mais igualitária e naturalizada no setor . O resultado disso é a mudança no ambiente  c orporativo.  Durante sua carreira na Braskem,  Isabel  p ô de perceber na prática uma série de políticas igualitárias que mudaram a cara da companhia . " Quando você  tem uma equipe mais diversa, você tem  diferentes  olhares.  I sso melhora a qualidade  da tomada de  decisão da empresa porque ela consegue enxergar as questões sobre várias óticas, e não só sobre a  visão  masculina ,  como acontec ia  no passado ", acredita.  

 

Sobre o  PICPlast  

O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico ( PICPlast ) é uma iniciativa criada em 2013 pela Braskem, maior produtora de resinas das Américas, e ABIPLAST, Associação Brasileira da Indústria do Plástico, que prevê o desenvolvimento de programas estruturais que contribuam com a competitividade e o crescimento da transformação e reciclagem plástica.  O  PICPlast  já investiu cerca de R$ 20 milhões em ações em prol da imagem do plástico e programas de capacitações.  

A iniciativa é baseada em dois pilares: aumento da competitividade e inovação do setor de transformação, e promoção das vantagens do plástico. O  PICPlast  também conta com investimentos voltados ao reforço na qualificação profissional e na gestão empresarial. No pilar de vantagens do plástico, as frentes de trabalho são voltadas para reciclagem, estudos técnicos, educação e comunicação, com destaque para o Movimento Plástico Transforma. Para saber mais, acesse  www.picplast.com.br  e  www.plasticotransforma.com.br .  

 

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