17/10/2018

Cápsulas trazem menos desperdício para apreciadores do café

Maior praticidade e menor desperdício são características das cápsulas de café
Tomar um café fresquinho em momentos de tranquilidade e relaxamento é tentação recusada por poucos. Os inúmeros aromas existentes hoje estão transformando o hábito de consumo e mudando o comportamento das pessoas. Ainda é muito comum servir doses de café expresso feitas em antigas cafeteiras. Mas, pelo crescimento do uso de pequenas máquinas de doses únicas em lares e escritórios, o café em cápsulas é visto com frequência cada vez maior, principalmente pela comodidade, praticidade e menor desperdício do produto.

Doses únicas podem apresentar vantagens ambientais

Cerca de 3 bilhões de cápsulas por ano são consumidas pelos brasileiros e, de acordo com o Relatório Sobre Tendências do Mercado de Café da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Torrefação e Moagem de Café), o crescimento desse consumo ultrapassará, até 2020, a média das categorias mais tradicionais, como grão torrado e café em pó.

O consumo das cápsulas reduz a quase zero o risco de se produzir mais café do que o necessário, já que o sistema de entrada e saída de cápsulas tira do consumidor a responsabilidade de controlar o volume de café produzido, evitando desperdícios. Já na opção do café coado, o consumidor tem controle desde a quantidade de água utilizada, até a quantidade de grãos e também o tempo que é o café é deixado quente na placa aquecedora.

Um estudo de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), realizado pela Quantis para a PAC (Packaging Consortium), concluiu que a cápsula de dose única reduz significativamente o desperdício do café produzido, na comparação direta com o café coado. Quando o líquido perde o seu frescor e esfria, o descarte do produto reflete negativamente em todos os recursos investidos em sua produção (água, energia, trabalho, combustível). O estudo da Quantis considera ainda que fazer café a granel só é mais vantajoso se os desperdícios forem menores que 3%, ou seja, se a cada 1L de café produzido se joguem fora menos que 30mL, equivalente a menos que duas colheres de chá. Caso contrário, as cápsulas geram menos impactos para a categoria de mudanças climáticas, por exemplo.

Apesar de apresentar benefícios ambientais durante o ciclo de vida em relação ao café coado, a destinação final das embalagens de cápsulas ainda é um desafio, devido à dificuldade na reciclagem dos materiais e à alta geração de resíduos.

Soluções inovadoras

A alta geração de resíduos de difícil reciclagem (cápsulas multimaterial) ainda é um desafio enfrentado pelas empresas produtoras de cápsulas de café. Para diminuir o impacto ambiental das pequenas embalagens, algumas delas já trabalham com projetos de reciclagem específicos, como é o caso do programa da Dolce Gusto, desenvolvido em parceria com o GPA e a Boomera, em que as cápsulas são retornadas em pontos de descarte específicos, possibilitando sua reciclagem e utilização em novos produtos, como porta-cápsulas e vasos.