De professor a empresário. Alfredo Schmitt, a trajetória de um industrial do plástico

15/07/2019

A busca pela valorização do plástico: talvez este seja o objetivo que melhor descreva o perfil de Alfredo Schmitt, da FFS Filmes. Referência no setor de transformados, o empresário vem dedicando os últimos 40 anos a desenvolver o mercado e implantar novos produtos, além de liderar ações de valorização do plástico, que evidenciam a importância dessa matéria-prima para a sociedade.

Engenheiro químico com formação em economia, Alfredo foi professor em um colégio militar em Porto Alegre antes de começar sua história com o plástico. Um dos grandes marcos de sua carreira foi a participação na introdução das sacolas plásticas no Brasil. "Foi um produto que revolucionou o mercado por ser leve, barato e não provocar o desmatamento", conta o engenheiro.  Em 1990, passou a trabalhar na indústria da transformação e, na década seguinte, abriu sua própria empresa, a FFS Filmes.

De Porto Alegre para o mundo- Em 2010, depois de participar de uma ação do programa de incentivo à exportação, o Think Plastic Brazil(que, na época, ainda chamava seExportplastic)Alfredo sentiu a necessidade de ter um escritório por meio do qual pudesse comercializar sua produção fora do Brasil. Dessa forma, a FFS Filmes passou a ter endereço em Houston, nos Estados Unidos, de onde distribui seus produtos para clientes americanos. Mas os negócios no exterior não pararam por aí. Há quatro anos, Alfredo se uniu a dois empresários mexicanos para fundar uma filial da FFS Filmes no México, com uma planta dedicada à produção de embalagens na cidade de Minatitlán e contando com cerca de 40 funcionários.

A experiência como professor e o profundo conhecimento sobre polímeros fizeram com que Alfredo desenvolvesse a habilidade de lidar com questões polêmicas ligadas ao plástico e direcionadas ao público geral. "O interesse em perpetuar o setor virou uma verdadeira causa para mim", diz o empreendedor. Ao presidir o Sindicato das Indústrias de Material Plástico no estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), ele criou o Instituto Sustenplast, uma iniciativa que abriga ações socioambientais e educativas em prol do setor plástico brasileiro, como o Congresso Brasileiro do Plástico, que visa melhorar a relação dos plásticos com a sociedade e tem a quarta edição já programada para 2020. Essa motivação fez Alfredo ser um dos idealizadores do Tampinha Legal, um programa patrocinado pelo PICPlaste que, em pouco maisde dois anos, já arrecadou mais de 200 toneladas de tampinhas, que foram transformadas em R$ 400 mil doados às entidades assistenciais beneficiadas.

Como membro da diretoria da Abiplast, Alfredo acompanha os passos do PICPlast desde o início. "O PICPlast é fundamental para os transformadores, desde a gestão até as atualizações sobre o mercado. Eu destaco as ações direcionadas à imagem do plástico e o treinamento gerencial, pois, para produzir mais, os transformadores precisam dessa retaguarda. O PICPlast é uma esfera que colabora com os empreendedores da indústria por todos os lados".